408 resultados para Hipóxia - Isquemia Encefálica


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O crebro infantil humano submetido hipóxia-isquemia (HI) apresenta perda de oligodendrcitos, hipomielinizao, astrogliose, alteraes no desenvolvimento cortical e no comportamento motor, incluindo a paralisia cerebral. O cerebelo desempenha um importante papel no controle motor e diversos danos vm sendo observados em humanos e animais que sofreram HI. A excitotoxicidade glutamatrgica frequentemente associada HI e junes celulares podem ser responsveis pela transferncia de molculas capazes de modular os danos decorrentes. Dados prvios de nosso grupo utilizando um modelo de HI pr-natal em ratos demonstraram danos permanentes na estrutura cerebelar, indicando que os efeitos deletrios da HI pr-natal podem ser mantidos at a vida adulta. O objetivo deste trabalho foi caracterizar os nveis de conexinas, receptores e transportadores de glutamato ao longo do desenvolvimento do cerebelo HI, e avaliar a configurao das junes celulares em culturas de astrcitos derivadas do cerebelo de ratos submetidos a esse modelo. Ratas no 18 dia de gestao, aps anestesia, tiveram as quatro artrias uterinas obstrudas por 45 minutos (Grupo HI). Animais controle tiveram os teros expostos sem sofrer a obstruo (Grupo SH). A gestao prosseguiu e apenas filhotes nascidos a termo foram utilizados. Os animais foram decapitados aos 2 (P2), 9 (P9), 16 (P16),23 (P23), 30 (P30), 45 (P45) e 90 (P90) dias ps-natal. Os cerebelos foram submetidos tcnica de Western blotting utilizando os anticorpos anti-NR2B, anti-GluR3, anti-EAAT1, anti-GFAP e anti-Cx43. Para a cultura de astrcitos foram utilizados cerebelos de animais P2. Aps terem atingido confluncia, as clulas foram fixadas e imunomarcadas com os anticorpos anti-Cx43, anti-GFAP, anti-nestina e anti-A2B5. Nossos resultados demonstram diferenas nos nveis de GluR3 durante o desenvolvimento do cerebelo SH e HI, havendo uma reduo significativa da expresso desta subunidade no grupo HI em P9. Por outro lado, no foram verificadas alteraes nos nveis de NR2B e de GFAP entre os grupos nas diferentes idades. Observou-se reduo significativa de Cx43 em animais HI em P2 bem como nos astrcitos HI em cultura, os quais tambm apresentaram alteraes morfolgicas e diferenas na expresso do marcador A2B5. A alterao referente a GluR3 no grupo HI pode ser causada pela reduo da arborizao das clulas de Purkinje e pela reduo no nmero de precursores de oligodendrcitos no cerebelo de animais HI em P9, j observadas em nosso laboratrio. A diminuio de Cx43 indica que a passagem de substncias por canais astrocitrios pode estar reduzida e contribuir para a expanso dos danos persistentes descritos em HI. Alteraes morfolgicas e na expresso de marcadores da diferenciao de astrcitos podem refletir os potenciais efeitos de HI sobre a maturao destas clulas a longo-prazo. Nossos resultados apontam que a HI sistmica pr-natal pode ser responsvel por alteraes que caracterizam a excitotoxicidade glutamatrgica. Ressaltamos tambm a importncia da comunicao entre astrcitos como estratgia neuroprotetora nesta leso.

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A Hipóxia-isquemia (HI) perinatal um problema de sade pblica, e ocorrem aproximadamente 1,5 casos de encefalopatias por HI por 1000 nascidos vivos. Dos que sobrevivem 25-60% sofrem de deficincias permanentes do desenvolvimento neurolgico, incluindo paralisia cerebral, convulses, retardo mental, e dificuldade de aprender. Neurnios e oligodendrcitos, especialmente os progenitores, so os mais afetados pela HI. Existem vrios modelos de HI, no entanto, poucos levam em considerao as intercorrncias maternas, a importncia da atividade placentria, e as trocas entre me-filho, que so clinicamente observadas em humanos. Robinson estabeleceu um modelo de HI sistmica pr-natal transitrio, onde o fluxo das artrias uterinas da rata grvida era obstrudo por 45 minutos no dcimo oitavo dia (E18) de gestao. Neste modelo foram observadas alteraes que so similares s observadas em crebros humanos que passaram por hipóxia perinatal, dentre as quais foram relatados aumento no nvel de apoptose. Caspase-3 descrita como uma enzima que atua na apoptose, e amplamente utilizada como marcador para clulas apoptticas. Vrios autores vm mostrando, entretanto, que a enzima caspase-3 pode estar ativada para fins no apoptticos. No modelo de HI sistmica pr-natal, foram observados astrogliose na substncia branca, morte de oligodendrcitos, leso em axnios tanto na substncia branca como no crtex cerebral, e danos motores. Pouco se sabe da influencia do insulto HI no desenvolvimento do cerebelo, considerando que o cerebelo junto com o crtex motor, contribui para o controle motor. O objetivo desse trabalho foi avaliar a distribuio da caspase-3 clivada durante o desenvolvimento do cerebelo em um modelo de HI pr-natal. Os resultados deste trabalho demonstram que as clulas caspase-3 clivadas apresentaram duas morfologias distintas em ambos os grupos. Uma onde a caspase-3 foi observada apenas no ncleo, oscilando entre clulas com imunorreatividade fraca a intensa, e de clulas com a presena da caspase-3 no corpo celular, nos prolongamentos condensados e presena de fragmentos ao redor do soma, morfologia tpica de clula em apoptose. A HI pr-natal, assim como nos hemisfrios cerebrais, levou ao aumento de clulas caspase-3 clivadas com morfologia de progenitores de oligodendrcitos no cerebelo do grupo HI em P2, mas no em P9 e P23. Tambm foi demonstrado que a HI pr-natal no levou a uma ativao da apoptose em oligodendrcitos, neurnios e microglia (identificados por seus respectivos marcadores, CNPase, NeuN e ED1) apresentando marcao no ncleos de clulas GFAP+, na substncia branca, camada granular e nas clulas da glia de Bergmann, em P9 e P23 no cerebelo. Podemos concluir que a HI pr-natal aumentou o nmero de clulas imunorreativas para a caspase-3 em um perodo crtico do desenvolvimento da oligodendroglia no cerebelo, e que a diminuio de progenitores de oligodendrcitos no cerebelo decorrente do insulto pr-natal visto em trabalhos anteriores, pode estar relacionada a morte celular por apoptose, embora no se possa descartar a hiptese da participao dessas clulas que apresentam caspase-3 clivada em outros eventos no apoptticos desencadeados pela hipóxia-isquemia.

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A diminuio do aporte de oxignio e nutrientes na vida perinatal resulta em danos, como astrogliose, morte de neurnios e de clulas proliferativas. Dficits cognitivos podem estar relacionados a danos no hipocampo. Neste trabalho avaliamos a citoarquitetura do giro dentado (DG) durante o desenvolvimento e a memria de ratos submetidos HI. Para tal, utilizamos a tcnica de imunohistoqumica para marcador de proliferao celular (KI67), neurnio jovem (DCX), de astrcitos (GFAP) e de xido ntrico sintase neuronal (NOSn). Para avaliar a memria de curta e de longa durao foi utilizado o teste de reconhecimento de objetos (RO). Ratas Wistar grvidas em E18 foram anestesiadas (tribromoetanol) e as quatro artrias uterinas foram ocludas com grampos de aneurisma (Grupo HI). Aps 45 minutos, os grampos foram removidos e foi feita a sutura por planos anatmicos. Os animais do grupo controle (SHAM) sofreram o mesmo procedimento, excetuando a ocluso das artrias. Os animais nasceram a termo. Animais com idades de 7 a 90 dias ps-natal (P7 a P90), foram anestesiados e perfundido-fixados com paraformaldedo a 4%, e os encfalos submetidos ao processamento histolgico. Cortes coronais do hipocampo (20m) foram submetidos imunohistoqumica para KI67, DCX, GFAP e NOSn. Animais P90 foram submetidos ao RO. Os procedimentos foram aprovados pelo comit de tica (CEA/019/2010). Observamos menor imunomarcao para KI67 no giro dentado de animais HI em P7. Para a marcao de DCX nesta idade no foi observada diferena entre os grupos. Animais HI em P15, P20 e P45 tiveram menor imunomarcao para DCX e Ki67 na camada granular. Animais P90 de ambos os grupos no apresentaram marcao para KI67 e DCX. Vimos aumento da imunomarcao para GFAP nos animais HI em todas as idades. A imunomarcao para NOSn nos animais HI foi menor em todas as idades. O maior nmero de clulas NOSn positivas foi visto em animais P7 em ambos os grupos na camada polimrfica. Em P15, animais HI apresentam clulas NOSn+ em todo o DG. Em P30 animais HI apresentam clulas NOSn+ nas camadas polimrfica e sub-granular. Animais adultos (P90) de ambos os grupos apresentam clulas NOSn positivas apenas nas camadas granular e sub-granular. Embora animais HI P90 no apresentaram dficits de memria, estes apresentaram menor tempo de explorao do objeto. Comportamento correspondente a dficits de ateno em humanos. Nossos resultados sugerem que HI perinatal diminui a populao de clulas proliferativas, de neurnios jovens, de neurnios NOSn+, alm de causar astrogliose e possivelmente dficits de ateno. O modelo demonstrou ser til para a compreenso dos mecanismos celulares das leses hipxico-isqumicas e pode ser usado para testar estratgias teraputicas.

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Leses sistmicas peri e pr-natais alteram o desenvolvimento do SNC, levando a problemas cognitivos e motores em crianas que podem perdurar por toda a vida. Um tipo particular de leso a hipóxia-isquemia (HI), caracterizada pela interrupo momentnea ou permanente do fluxo sanguneo. Um dos mecanismos propostos para as leses decorrentes da HI a excitotoxicidade glutamatrgica. O uso de inibidores da neurotransmisso glutamatrgica tem sido estudados em diversos modelos de HI. Neste trabalho, avaliamos os efeitos morfofuncionais da administrao de um antagonista no-competitivo do receptor de glutamato NMDA sobre o desenvolvimento do cerebelo. Ratas no 18 dia de gestao foram anestesiadas, os cornos uterinos expostos e as 4 artrias uterinas obstrudas por 45 minutos (Grupo H). Animais controle tiveram os teros expostos, sem a obstruo (Grupo S). Aps a cirurgia a gestao prosseguiu. Somente animais nascidos a termo foram utilizados. Um dia aps o nascimento, metade de cada ninhada foi designada para receber MK801, 0,3mg/kg/dia, (grupos SM e HM) e a outra metade recebeu soluo salina (grupos SS e HS), por 5 dias. Aps anestesia e perfuso-fixao com paraformaldedo 4% aos 9, 23, 30 e 60 dias ps-natais, cortes parassagitais do cerebelo foram obtidos em critomo e submetidos imunohistoqumica para calbindina, GFAP, GLAST, PDGFRα e MBP. A partir de 45 dias de vida, os animais foram testados em vrios de testes comportamentais: labirinto em cruz elevado (LCE), campo vazado (CV), ROTAROD, teste de caminhada sobre barras (ladder test) e teste do comprimento da passada (stride length). Aos 9 dias, a espessura da rvore dendrtica era menor nos animais SM, HS/HM, demonstrando efeitos deletrios tanto do MK801 quanto da HI. Menor nmero de clulas PDGFRα+ foi observado nos animais HS/HM, sem efeitos da administrao de MK801. Aos 23 dias, maior nmero de clulas PDGFRα+ foi observado nos animais HM comparado aos outros 3 grupos, indicando efeito neuroprotetor do MK801. Nessa idade, menor nmero de fibras mielinizadas (MBP+) foi observada nos animais HS, e a administrao de MK801 parece reverter estes efeitos. Aos 9 dias a distribuio de GLAST estava alterada nos animais HS, com os efeitos da HI parcialmente revertidos pelo MK801. No foram observados efeitos da HI ou do MK801 sobre comportamentos relacionados a ansiedade pelo LCE, assim como na latncia de queda no ROTAROD. HI piora a performance motora no ladder test. No teste do CV, no observamos efeitos da HI sobre a busca por novidade assim como sobre a atividade locomotora espontnea. No entanto, MK801 diminui comportamentos de autolimpeza e a atividade locomotora espontnea. Menor variao das passadas foi observada em decorrncia da administrao de MK801 no stride length, com nenhum efeito da HI. Nossos resultados demonstram que a inibio do receptor NMDA tem um efeito neuroprotetor sobre os progenitores de oligodendrcitos e mielinizao, provavelmente pela manuteno da capacidade proliferativa por um perodo maior. A atividade do receptor NMDA exerce importante papel na diferenciao das clulas de Purkinje, assim como na distribuio do transportador GLAST, corroborando a importncia deste receptor na gnese das leses causadas pela HI.

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A hipóxia isquemia (HI) pr-natal uma das principais causas de mortalidade e doenas neurolgicas crnicas em neonatos, que podem apresentar dficits remanentes como: retardamento, paralisia cerebral, dificuldade de aprendizado ou epilepsia. Estes prejuzos, provavelmente, esto relacionados com o atraso no desenvolvimento neural, astrogliose e com a perda de neurnios e oligodendrcitos. Dficits funcionais e cognitivos esto associados degenerao de vias dopaminrgicas e de estruturas hipocampais. A enzima tirosina hidroxilase (TH) a enzima limitante na sntese de dopamina e seus nveis so alterados em eventos de HI. O xido ntrico (NO) um gs difusvel que atua modulando diferentes sistemas, participando de eventos como plasticidade sinptica e neuromodulao no sistema nervoso central e produzido em grandes quantidades em eventos de injria e inflamao, como o caso da HI. O presente estudo teve por objetivos avaliar, utilizando o modelo criado por Robinson e colaboradores em 2005, os efeitos da HI sobre o comportamento motor e avaliar o desenvolvimento de estruturas encefálicas relacionadas a este comportamento como a substncia negra (SN) e o complexo hipocampal. A HI foi induzida a partir do clampeamento das artrias uterinas da rata grvida, por 45 minutos no dcimo oitavo dia de gestao (grupo HI). Em um grupo de fmeas a cirurgia foi realizada, mas no houve clampeamento das artrias (grupo SHAM). A avaliao do comportamento motor foi realizada com os testes ROTAROD e de campo aberto em animais de 45 dias. Os encfalos foram processados histologicamente nas idades de P9, P16, P23 e P90, sendo ento realizada imunohistoqumica para TH e histoqumica para NADPH diaforase (NADPH-d), para avaliao do NO. Nossos resultados demonstraram reduo da imunorreatividade para a TH em corpos celulares na SN aos 16 dias no grupo HI e aumento na imunorreatividade das fibras na parte reticulada aos 23 dias, com a presena de corpos celulares imunorreativos nesta regio no grupo HI. Demonstramos tambm aumento do nmero de clulas marcadas para NADPH-d no giro dentado nos animais HI, nas idades analisadas, assim como aumento na intensidade de reao no corno de Ammon (CA1 e CA3) aos 9 dias no grupo HI, e posterior reduo nesta marcao aos 23 e 90dias neste mesmo grupo. Nos testes comportamentais, observamos diminuio da atividade motora no grupo HI com uma melhora do desempenho ao longo dos testes no ROTAROD, sem entretanto atingir o mesmo nvel do grupo SHAM. Os animais HI no apresentaram maior nvel de ansiedade em relao ao grupo SHAM, descartando a hiptese das alteraes observadas nos testes de motricidade estarem relacionadas a fatores ansiognicos. O modelo de clampeamento das artrias uterinas da fmea se mostrou uma ferramenta importante no estudo das alteraes decorrentes do evento de HI pr-natal, por produzir diversos resultados que so similares aos ocorridos em neonatos que passam por este evento.

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A participao de marcadores bioqumicos na avaliao de quadros de asfixia neonatal cada vez mais relevante. A protena S100B tem um papel destacado nestas pesquisas. O objetivo deste estudo foi procurar destacar a importncia da protena S100B na avaliao de recm-nascidos a termo com quadros de encefalopatia hipxico-isqumica, assim como correlacionar com outras substncias que tambm participam do processo isqumico. Foram analisados 21 casos de recm-nascidos a termo que desenvolveram quadro de encefalopatia hipxico-isqumica, no perodo de setembro de 2003 a outubro de 2004. Realizadas coletas no 1 e 4 dia de vida e dosadas, por mtodo imunocitoqumico, a protena S100B e o lactato. Foi possvel detectar uma correlao positiva entre as 2 substncias, assim como, quando comparadas entre si, observou-se tambm significncia estatstica.

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Objetivo: Avaliar os nveis plasmticos e liqricos de IL-6 e TNF- em recm- -nascidos a termo com Encefalopatia hipxico-isqumica (EHI), comparando-os com recm- -nascidos a termo spticos sem meningite e sem EHI e com recm-nascidos controles. Mtodo: Foi realizado um estudo de caso-controle com trs grupos de recm-nas-cidos a termo: grupo I, 20 recm-nascidos controles com escore de Apgar 9 no primeiro e quinto minutos de vida; grupo II, 19 recm-nascidos spticos, sem meningite, com escore de Apgar 9 no primeiro e quinto minutos de vida; grupo III, 19 recm-nascidos asfixiados ca-racterizados pelo escore de Apgar 4 e 6 no primeiro e quinto minutos de vida, respecti-vamente, pH umbilical < 7,20 e/ou lactato arterial umbilical > 3,0 mmol/L, e necessidade de ventilao com presso positiva pelo menos durante 2 minutos aps o nascimento. Foram coletadas amostras de sangue e de lqor nas primeiras 48 horas de vida para determinao dos nveis de IL-6 e TNF- pela tcnica de enzimoimunoensaio, utilizando-se kits R & D Systems. Resultados: Os trs grupos foram semelhantes quanto ao peso de nascimento, ida-de gestacional, classificao peso/ idade gestacional, tipo de parto e tempo mdio da coleta de sangue e lqor. As medianas dos nveis plasmticos de IL-6 foram semelhantes entre spticos e asfixiados e significativamente superiores aos controles (p < 0,0001). A mediana do TNF- plasmtico foi semelhante nos recm-nascidos asfixiados e controles, significativamente in-ferior a dos spticos (p < 0,00001). Nos recm-nascidos asfixiados, as medianas dos nveis liqricos da IL-6 e do TNF- foram significativamente mais elevadas do que nos spticos e nos controles. A mediana da IL-6 liqrica foi significativamente mais elevada nos spticos que nos controles e a mediana do TNF- liqrico foi semelhante nos spticos e controles. As relaes lqor/plasma para IL-6 e TNF- foram semelhantes nos spticos e controles, e menores que nos asfixiados (p < 0,0002 para IL-6, p < 0,00001 para TNF-). Concluses: 1) Recm-nascidos a termo com EHI apresentam nveis elevados de IL-6 e TNF- no lqor. 2) IL-6 plasmtica encontra-se elevada nos recm-nascidos asfixia-dos e nos spticos. 3) TNF- plasmtico elevado somente nos recm-nascidos com sepse. 4) A maior relao lqor/plasma para IL-6 e TNF- nos recm-nascidos asfixiados sugere uma produo local intra-cerebral dessas citocinas nos recm-nascidos a termo com EHI.

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As bases moleculares da neuroproteo contra a isquemia mediada por estrgeno continuam obscuras, assim como os mecanismos envolvendo a tolerncia ao dano isqumico subseqente induzida por pr-condicionamento. Neste trabalho foi estudado se as vias de sinalizao celular da PI3-K (fosfatidil inositol 3-quinase) e da MEK/ERK 1/2 estariam envolvidas na neuroproteo induzida por estrgeno, bem como alguns parmetros de estresse oxidativo, especificamente o contedo de radicais livres, um ndice de dano oxidativo a protenas e a capacidade antioxidante total. Tambm foi estudado o possvel envolvimento dos transportadores de glutamato (EAAT1 e EAAT2) e dos receptores de estrgeno (ER e ER) nos efeitos neuroprotetores do estrgeno e do pr-condicionamento. Para este fim, foram utilizados os modelos in vitro de culturas organotpicas de fatias hipocampais e fatias hipocampais preparadas a fresco expostas privao de oxignio e glicose (POG) e o modelo in vivo de hipóxia-isquemia neonatal. Em culturas tratadas tanto aguda como cronicamente com 17-estradiol, a morte celular induzida por POG foi diminuda acentuadamente quando comparada com as culturas tratadas apenas com veculo. Este efeito neuroprotetor foi evitado por LY294002 (inibidor de PI3-K), mas no por PD98059 (inibidor de MEK/ERK 1/2). Ambos os protocolos de tratamento com estradiol induziram a fosforilao/ativao da protena quinase B (PKB/Akt) e a fosforilao/inativao da glicognio sintase quinase-3 (GSK-3). Em um estudo similar, o imunocontedo do receptor estrognico ER diminuiu aps POG em culturas tratadas tanto com estradiol quanto veculo, enquanto que o receptor ER aumentou apenas nas culturas tratadas com estradiol expostas ou no POG. No foram observadas alteraes no imunocontedo dos transportadores de glutamato (EAATs) em nenhum dos tratamentos in vitro. Em fatias de hipocampo de crebro de ratas ovariectomizadas que receberam reposio de estradiol, a morte celular foi reduzida em comparao ao grupo de ratas que no recebeu a reposio hormonal. Neste mesmo modelo, observou-se que a POG aumentou a produo de radicais livres nos dois grupos, porm no foram observadas diferenas na capacidade antioxidante total. Por outro lado, a reposio de estradiol evitou a reduo nos contedos de triptofano e tirosina causada por POG. No modelo in vivo, o crebro de ratos neonatos foi protegido contra a hipóxia-isquemia pelo prcondicionamento hipxico. Em paralelo, o pr-condicionamento aumentou o imunocontedo dos transportadores de glutamato EAAT2 e do receptor estrognico ER em crtex e diminuiu os nveis de EAAT2 em estriado, mas no afetou os nveis de EAAT1 e ER. J no modelo in vitro de pr-condicionamento, nas culturas organotpicas de hipocampo pr-condicionadas, 15 min de POG induziu tolerncia acentuada a um perodo subseqente de 45 min de POG, porm no foram detectadas alteraes nos transportadores de glutamato nem nos receptores estrognicos. Juntos, os resultados sugerem que na isquemia a neuroproteo induzida por estrgeno pode envolver a via de sinalizao celular da fostatidil inositol 3-quinase (PI3-K), a preveno do dano oxidativo a protenas e a regulao dos receptores estrognicos ER e ER, enquanto que a tolerncia isquemia cerebral induzida por pr-condicionamento pode envolver a regulao dos transportadores de glutamato EAAT2 e receptores estrognicos ER.

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O Acidente vascular enceflico (AVE) considerado uma das mais importantes causas de morte e perda funcional no mundo. Poucas condies neurolgicas so to complexas e devastadoras, provocando dficits neurolgicos incapacitantes ou bito nos sobreviventes. As regies corticais so comumente afetadas por AVE, o que resulta em perda sensorial e motora. O estabelecimento dos padres neuropatolgicos em regies corticais, incluindo a rea somestsica, fundamental para a investigao de possveis intervenes teraputicas. No presente estudo, investigamos os padres de perda neuronal, microgliose, astrocitose, neurognese e os dficits funcionais no crtex somestsico primrio de ratos adultos, submetidos leses isqumicas focais, induzidas por microinjees de 40p Moles de endotelina-1 (ET-1). Foram utilizados 30 ratos (Rattus Norvegicus) da linhagem Wistar, adultos jovens, pesando entre 250-280g. Os animais foram divididos em grupos isqumicos (N= 21) e controle (N=9). Os mesmos foram perfundidos nos tempos de sobrevida de 1, 3 e 7 dias. Os animais do grupo de 7 dias foram submetidos testes comportamentais para avaliar a perda de funo sensrio-motora. Seces foram coradas pela violeta de cresila, citocromo oxidase e imunomarcadas para identificao neurnios (anti-NeuN), microglia ativada e no ativada (Iba-1), macrfagos/microglia ativados (ED-1), astrcitos (GFAP) e neuroblastos (DCX). As comparaes estatsticas entre os grupos foram feitas por anlise de varincia (ANOVA), um critrio com correo a posteriore de Tukey. Os animais isqumicos apresentaram dficits sensrio-motores revelados pela Escala Neurolgica de Bederson, Teste de Colocao da Pata Anterior e Teste do Canto. Microinjees de ET-1 induziram leso isqumica focal na rea somestsica primria com perda neuronal, astrocitose e microgliose progressivas principalmente nos tempos mais tardios. A colorao para citocromo oxidase revelou o campo de barris, mas, inesperadamente, marcou uma populao de clulas inflamatrias com caractersticas de macrfagos na regio isqumica. Houve aumento do nmero de neuroblastos, principalmente ao stimo dia, na zona subventricular do hemisfrio isqumico, em relao ao hemisfrio contralateral e animais controle. No houve migrao significativa de neuroblastos no crtex somestsico isqumico. Os resultados mostram que microinjees de ET-1 so um mtodo eficaz para induo de perda tecidual e dficits sensoriais no crtex somestsico primrio de ratos adultos. Tambm se evidencia que a zona subventricular influenciada por eventos isqumicos distantes e que populaes macrofgicas parecem aumentar o padro de expresso de citocromo oxidase. O referido modelo experimental pode ser utilizado em estudos futuros onde agentes neuroprotetores em potencial podem ser utilizados para minimizar as alteraes neuropatolgicas descritas.

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Segundo a Organizao Mundial da Sade, o consumo de lcool no mundo tornou-se um problema de sade pblica. Neste contexto, o Brasil figura na 63 posio no mundo em consumo de lcool per capita para pessoas com 15 anos ou mais de idade. Alm de seus efeitos scio-econmicos, o etanol constitui um importante fator de risco na ocorrncia de isquemias cerebrais. O consumo exacerbado desta droga colabora para o mau prognstico, assim como para o possvel tratamento de morbidades relacionadas ao acidente vascular cerebral. O objetivo deste estudo foi avaliar alteraes neuromotoras aps bloqueio da ativao micrglial com minociclina em ratos submetidos isquemia focal no crtex motor, quando tratadas cronicamente com etanol da adolescncia a fase adulta. Ratos receberam durante 55 dias, por gavagem, etanol (6,5 g/kg/dia, 22,5 p/v). No trmino destes 55 dias os animais foram submetidos microinjees do peptdeo vasoconstritor endotelina-1 (40 pmol), para induo de leso isqumica focal crtex motor. Os animais isquemiados foram tratados com minociclina recebendo duas doses dirias de 50 mg/kg nos primeiros dois dias, e mais cinco aplicaes dirias nicas de 25 mg/kg, por via intraperitoneal, at o stimo dia ps-induo isqumica. Os testes comportamentais realizados foram campo aberto, plano inclinado e rota-rod. Os resultados demonstraram que os animais isquemiados e os expostos ao etanol e isquemiados apresentaram dficits motores em todos os testes comportamentais. Entretanto, o tratamento com minociclina foi capaz de reverte-los, possibilitando melhor desempenho em todos os testes aplicados. Os resultados sugerem que a minociclina foi capaz de reverter os danos motores ocasionados pelo acidente vascular cerebral, mesmo em presena do etanol. O exato mecanismo envolvido neste processo necessita ser investigado em pesquisas futuras.

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Tese de doutoramento, Medicina Clinica (Neurologia), Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2014

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Objetivo: Determinar los factores de riesgo de anteparto, intraparto y fetales asociados a asfixia perinatal en los recin nacidos del servicio de neonatologa del Hospital Universitario Mayor Mderi de Bogot, 2010-2011. Materiales y mtodos: Estudio de casos y controles pareado por fecha de nacimiento, con una relacin 1:5(51:306). Las asociaciones se evaluaron con la prueba de ji-cuadrado de Mantel y Haenszel o Test de Fisher para datos pareados, con OR e intervalo de confianza del 95%, el anlisis multivariado con un modelo de regresin logstica condicional. Resultados: Los factores de riesgo con asociacin significativa fueron: - Ante parto: Antecedentes patolgicos maternos (OR=6.00,IC95%:1.55-23.19,p=0.013), primigestacin (OR=1.91,IC95%:1.02-3.56,p=0,090), -Intraparto: Abruptio de placenta (OR=25,00,IC95%:2.92-213.99,p=0.001), hemorragia del tercer trimestre (OR=12.50,IC95%:2.43-64.43,p=0.001), Oligohidramnios(OR=6.25,IC95%:1.68-23.28,p=0.001), taquicardia fetal (OR=7.66,IC95%:1.67-35.04,p=0.011), monitoreo fetal intraparto anormal (OR=10.33,IC95%:4.38-24.34,p=0.001), expulsivo prolongado(OR=13.00,IC95%:4.63-36.46,p=0.001), fiebre materna(p<0.001), corioamnionitis(p<0.001), convulsiones maternas(p<0.001), bradicardia fetal (p=<0.001), -Fetales: Gnero masculino(OR=1.87,IC95%:1.02-3.44,p=0.026), edad gestacional por BALLARD igual <36semanas(OR=4.78(IC95%:2.21-10.35,p=0.001), va del nacimiento instrumentado(OR=18,80,IC95%:3.69-39.55,p=0.001), lquido amnitico hemorrgico o teido de meconio(OR= 9.00,IC95%:3.01-26.85,p=0.001), circular de cordn(OR=9.00,IC95%:3.59-22.52,p=0.001), peso al nacer igual <2500 gramos (OR=8.88,IC95%:3.73-21.15,p=0.001). Los subrayados y el sndrome hipertensivo asociado al embarazo se encontraron significativos en anlisis multivariado. Conclusiones: Los factores de riesgo para asfixia perinatal fueron: antecedentes patolgicos maternos, primigestacin, abruptio de placenta, hemorragia del tercer trimestre, oligohidramnios, monitoreo fetal intraparto anormal, taquicardia y bradicardia fetal, expulsivo prolongado, corioamnionitis, fiebre materna, convulsiones maternas, gnero masculino, edad gestacional por BALLARD igual <36 semanas, va del nacimiento instrumentado, lquido amnitico hemorrgico o teido de meconio, circular de cordn, peso al nacer igual <2500 gramos.

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Os mecanismos envolvidos nas atividades toxicolgicas e/ou farmacolgicas dos compostos orgnicos de selnio so pouco conhecidos. Os compostos orgnicos de selnio (disseleneto de difenila e ebselen) e organotelrio (ditelureto de difenila) foram alvo dos trabalhos realizadosin vitro, neste estudo. Os compostos organocalcognios apresentaram efeitos diversos sobre o influxo de 45Ca2+ medido em sinaptossomas de crebro de rato, dependendo das condies e agentes despolarizantes usados. Ebselen, (PhSe)2 e (PhTe)2 alteram a captao de 45Ca2+ de maneira distinta quando expostos a aminopiridina ou KCl. Enquanto (PhTe)2 inibe a captao de clcio em todas as condies experimentadas, (PhSe)2, apresenta este efeito apenas quando incubado em condies basais ou sob a ao de aminopiridina. Ebselen, por sua vez, aumenta a captao de clcio em altas concentraes em condies basais e sob a ao de aminopiridina, porm, apresenta efeito inverso quando os sinaptossomas so despolarizados por KCl. Ebselen evitou a inibio da captao de 45Ca2+ in vitro provocada por cloreto de mercrio(HgCl) em sinaptossomas de crebro de rato em condies basais do ensaio, no entanto, ebselen no afetou a inibio da captao de glutamato in vitro por HgCl, indicando que ebselen pode atuar dependendo das protenas-alvo consideradas.Os compostos de mercrio, MeHg e HgCl, inibiram a captao de glutamato em crtex cerebral de ratos de 17 dias e ebselen reverteu somente o efeito do MeHg porm, no, o do HgCl. Disseleneto de difenila no alterou os parmetros avaliados na exposio de ambos os compostos de mercrio.Os compostos de mercrio estudados provocaram a morte celular das fatias de crtex, porm, ebselen protegeu as fatias dos efeitos lesivos provocados por MeHg e no pelo HgCl.

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A resposta inflamatria pode exacerbar o processo lesivo aps desordens neurais agudas. O dimorfismo sexual gerado pelas diferentes presenas hormonais existentes entre macho e fmea tm demonstrado habilidades neuroprotetoras endgenas opostas, apresentando uma melhor preservao da integridade do tecido nervoso na fmea, putativamente, devido presena dos hormnios gingenos. No existem investigaes comparando como essa diferena pode afetar a resposta inflamatria durante o AVE. No presente estudo, investigaram-se as diferenas nos processos inflamatrios agudos do dimorfismo sexual de ratos adultos, de ambos os sexos, submetidos leso isqumica aguda induzida por Endotelina (ET1) no corpo estriado. Seis grupos experimentais foram delineados: Animais machos de 24 horas de sobrevida (n= 8); machos de 72 horas de sobrevida de (n=8); machos de 7 dias de sobrevida (n=8); e fmeas de 24 horas de sobrevida (n= 8); fmeas de 72 horas de sobrevida de(n=8); fmeas de 7 dias de sobrevida. A anlise histopatolgica geral foi realizada em seces coradas pela violeta de cresila. Macrfagos, astrcitos e neurnios foram identificados por imuno-histoqumica com anticorpos especficos para estas clulas inflamatrias (ED1, anti-GFAP e Anti-NeuN, respectivamente). Realizou-se contagem de micrglia/macrfagos ativados e corpos neuronais nos grupos experimentais mencionados. No se notou diferena quantitativa entre os diferentes sexos, contudo houve uma aparente queda na quantidade de macrfagos/micrglia em 3 dias, tanto para os machos quanto para as fmeas, apresentando alguma diferena na ativao astrocitria mais forte em machos. Os resultados sugerem que as diferenas sexuais na linhagem Lister Hooded, no so suficientes para causar diferenas significativas na preservao do tecido nervoso e em alguns aspectos da resposta inflamatria aps a induo de isquemia cerebral por meio de ET1.

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Objective: To evaluate the neuroprotection of mild hypothermia, applied in different moments, in temporary focal cerebral ischemia in rats. Methods: Rats was divided into Control (C), Sham (S), Ischemic-control(IC), Pre-ischemic Hypothermia (IH1), Intra-ischemic Hypothermia (IH2), and Post-ischemic Hypothermia (IH3) groups. Morphometry was performed using the KS400 software (Carl Zeiss (R)) in coronal sections stained by Luxol Fast Blue. Ischemic areas and volumes were obtained. Results: Statistically, blue areas showed difference for C vs. IC, IC vs. IH1 and IC vs. IH2 (p=0.0001; p=0.01; p=0.03), and no difference between C vs. S, IC vs. IH3 and IH vs. IH2 (p=0.39; p=0.85; p=0.63). Red areas showed difference between C vs. IC, IC vs. IH1 and IC vs. IH2 (p=0.0001; p=0.009; p=0.03), and no difference between C vs. S, IC vs. IH3 and IH1 vs. IH2 (p=0.48; p=0.27; p=0.68). Average ischemic areas and ischemic volumes showed difference between IC vs. IH1 and IC vs. IH2 (p=0.0001 and p=0.0011), and no difference between IC vs. IH3 and IH1 vs. IH2 (p=0.57; p=0.79). Conclusion: Pre-ischemic and intra-ischemic hypothermia were shown to be similarly neuroprotective, but this was not true for post-ischemic hypothermia.